Demanda Bioquímica de Oxigênio

Jordão e outros (1995, p.32-33) conceituam que este método é

A forma mais utilizada para se medir a quantidade de matéria orgânica presente [...] . Esta determinação mede a quantidade de oxigênio necessária para estabilizar biologicamente a matéria orgânica presente numa amostra, após um tempo dado (tomado para efeito de comparação 5 dias) e a uma temperatura padrão (20°C, para efeito de comparação).

Isso mostra a capacidade que este método tem de quantificar de forma indireta o grau do impacto. Pelo fato que o principal efeito ecológico da poluição da matéria orgânica é o decréscimo dos teores de oxigênio dissolvido, que pode provocar a morte de plantas e animais aquáticos. Por isso é usado para a determinação de oxigênio a ser consumido para que a matéria orgânica seja degradada (oxidada) por microrganismos, e possibilite a vida no meio aquático. Sperling (2005, p.89-90) complementa que esta medição é importante, pois, “[...] no tratamento de esgotos por processos aeróbios, é fundamental o adequado fornecimento de oxigênio para que os microrganismos possam realizar os processos metabólicos conduzindo à estabilização da matéria orgânica”.

O teste de DBO pode ser explicado da seguinte forma: coleta-se amostra de esgoto, e neste dia é determinada a concentração de oxigênio dissolvido (OD). Após o período de 5 dias, a amostra mantida em um frasco fechado e incubada a 20°C, fornece a nova determinação da concentração de oxigênio dissolvido. A diferença entre o teor de OD no dia da coleta e no quinto dia indica o oxigênio que foi consumido para a oxidação da matéria orgânica, sendo conhecida como a DBO₅ (SPERLING, 2005).

Além disso, o teste da DBO indica aproximadamente a fração biodegradável do despejo; bem como o nível de degradação deste despejo; e também a taxa de consumo de oxigênio em função do tempo.

Referência bibliográfica: ARAÚJO, José Carlos de. ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA PARA IMPLANTAÇÃO DE WETLAND COMO UNIDADE COMPLEMENTAR DO TRATAMENTO DE ESGOTOS DO BAIRRO JACUÍ EM JOÃO MONLEVADE-MG. Monografia de conclusão do curso de Engenharia Ambiental na Universidade do Estado de Minas Gerais. Pág. 30 a 31. 2010