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sábado, 22 de outubro de 2011

Vale do Jequitinhonha no contexto geopolítico



O Programa Pólo de Integração no Vale do Jequitinhonha, iniciativa da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, é fruto da ação de um corpo docente de cerca de 50 professores de diversas áreas, que busca a recuperação da dignidade dos cidadãos de 52 municípios que são abrangidos pelo programa. O Vale do Jequitinhonha é uma das regiões mais pobres do mundo, porém muitos municípios possuem condições de melhorar seu Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, fortalecendo sua economia com técnicas que aumentam a produtividade e a lucratividade da região.

O foco do Programa é justamente esse subsídio de informações de diversas fontes de conhecimento, que torna a participação das instituições de ensino imprescindível para o desenvolvimento humano de regiões carentes como a do Vale do Jequitinhonha.

Os municípios possuem problemas comuns como beneficiamento, estocagem e venda deficientes, onde muitos produtos cumprem um círculo vicioso na região. Por exemplo, o município de Turmalina, produz em grande quantidade e qualidade, abacaxis que são vendidos a preços muito baixos aos Centros de Abastecimento - Ceasa. O Ceasa distribui o produto para diversas regiões, inclusive para o município de Turmalina, que adquire o abacaxi por preços bem maiores que os vendidos pelos produtores. Essa anomalia comercial é muito nociva para a economia do Vale do Jequitinhonha, pois a produção de bens não beneficia a região produtora e sim os atravessadores.

No caso de Turmalina e de outros municípios na mesma situação, o Programa de Integração objetiva qualificar os produtores para o beneficiamento, estocagem e venda de seus produtos, para assim poderem praticar preços mais competitivos.
A proposta do Programa Pólo de Integração é muito interessante, remonta àquela conhecida fórmula, onde é mais didático ensinar a pescar do que simplesmente dar o peixe. Mas, apesar da qualidade do projeto, a simples qualificação dos secretários de educação para desenvolvimento de trabalhos em suas áreas, não estabelece o alicerce do desenvolvimento maciço de uma região: a educação. Para isso, o acompanhamento do secretariado se faz necessário, estabelecendo até metas para cada município, segundo a realidade dos mesmos.


O Poder Público e as Instituições de ensino podem e devem ser agentes transformadores, o primeiro age sobre as questões legais e a fiscalização da aplicação dos recursos, o segundo age como multiplicador de conhecimento para aperfeiçoar as atividades e promover o desenvolvimento humano da região.

O Programa Pólo de Integração no Vale do Jequitinhonha, como foi brevemente descrito acima, é uma iniciativa de grande caráter social, pois a instituição de ensino, que no caso é a UFMG, almeja interagir e transformar a realidade da região. Essa interação, muito benéfica para a sociedade, deveria ser implantada em outras regiões que possuem problemas similares aos do Vale do Jequitinhonha, dessa forma o desenvolvimento humano, tão almejado pelas comunidades carentes, seria uma realidade mais tangível.

Fonte: Araújo, José Carlos de. Resenha "Um por todos, todos por um". Resenha de Geopolítica, 2010.

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