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segunda-feira, 25 de julho de 2011

O Brasil no contexto Sul Americano


A Geopolítica Brasileira sempre foi amplamente influenciada pelos militares. Mais precisamente a partir da década de 30, o Estado finalmente assumiu poder dirigente na construção de um país mais centralizado possível. O General Travassos (1947) considerava natural e possível a influência brasileira face aos avanços argentinos. Para ele o “controle” da Bolívia daria ao Brasil o domínio político-econômico sul-americano. Outro que ambicionava aumentar a influência do Brasil era o General Golbery do Couto e Silva (1981), que se baseava na regionalização geopolítica definidora de um núcleo central constituído por São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Porém, atualmente esse domínio se faz pela influência comercial no Mercosul e sua afirmação como potência em relação aos países vizinhos. A hegemonia brasileira no quesito expansão industrial chamou a atenção dos “hermanos” e ajudou a fortalecer a geopolítica da América do Sul.

Nossos vizinhos temem pelo poder econômico que estamos adquirindo ano após ano e o que faremos dele em relação aos países sul-americanos. E esse poder está intimamente ligado ao Mercosul, onde é notório o destaque do Brasil como potência econômica. O Brasil está para a América do Sul, assim como os Estados Unidos estão para a América do Norte. As intervenções no Haiti no intuito de restabelecer a paz, não são bem vistas por certos países. Estes acreditam que essa tentativa de solidarizar com os necessitados haitianos é uma forma de amenizar o nosso avanço sobre as áreas econômicas alheias.

É normal essa “desconfiança” em relação ao Brasil, que nação gostaria de ver o vizinho prosperar mais que a vizinhança e não sentiria uma ponta de descontentamento? O nosso país está enfim encontrando o caminho para o desenvolvimento, em todas as áreas possíveis. É preciso investir em diplomacia e mostrar aos países sul-americanos que alguém precisa se estabelecer como nação confiável. Assim, pode-se tratar de interesses de igual para igual com os países desenvolvidos, se no cenário atual o país mais capacitado para isso é o Brasil, que façamos jus ao nosso papel. Acredito que nosso crescimento econômico e a influência no Mercosul, são apenas fruto de um trabalho sério que paulatinamente vem interferindo de forma positiva no cenário geopolítico internacional.
Fonte: Revista Pangea, 06/10/2006.

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