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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Será que o CO2 é realmente o vilão?

Figura 1: Quem está aquecendo o planeta?

Segundo o IPCC, é muito provável que o incremento da temperatura média global seja devido ao aumento dos gases de efeito-estufa pelas atividades humanas, que supostamente elevaram a concentração de CO2 a 379 ppmv (1ppmv = 1 parte por milhão por volume, ou seja, 1 mililitro de gás por metro cúbico de ar) em 2005, ultrapassando seu limite natural, que seria de 300 ppmv. E, ainda, é muito provável que o aumento médio de temperatura, para a concentração de CO2 dobrada, estaria entre 2 e 4,5°C e que uma das conseqüências seria o aumento do nível do mar de até 0,6 metros.

A hipótese do aquecimento global antropogênico, demonstrando que ela carece de bases científicas sólidas, e que as projeções catastróficas elaboradas pelo IPCC foram baseadas em resultados de modelos de clima (MCG), cujas equações matemáticas não representam adequadamente os processos físicos que ocorrem na atmosfera, particularmente a cobertura de nuvens e o ciclo hidrológico. Ou seja, as projeções futuras dos MCG, resultantes de cenários hipotéticos, são meros exercícios acadêmicos, não confiáveis e, portanto, não utilizáveis para o planejamento das atividades humanas e o bem-estar social.

Figura 2: Vilão ou consequência?
Em resumo, a grande variabilidade natural do clima não permite afirmar que o aquecimento de 0,7°C seja decorrente da intensificação do efeito estufa causada pelas emissões antrópicas de carbono, ou mesmo que essa tendência de aquecimento persistirá nas próximas décadas, como sugerem as projeções produzidas pelo Relatório da Quarta Avaliação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (AR4/IPCC).

A aparente consistência entre os registros históricos e as previsões dos modelos não significa que o aquecimento esteja ocorrendo. Na realidade, as características desses registros históricos conflitam com a hipótese do efeito estufa intensificado. O planeta se aqueceu mais rapidamente entre 1920-1946, quando a quantidade de CO2 lançada na atmosfera era inferior a 10% da atual, e se resfriou entre 1947-1976, quando ocorreu o desenvolvimento econômico acelerado após a Segunda Guerra Mundial.

Dados dos MSU a bordo de satélites não confirmaram um aquecimento expressivo pós-1979, que é aparente na série de temperatura obtida com termômetros de superfície. No Sumário para Formuladores de Políticas do IPCC, publicado em fevereiro de 2007, afirmou-se que concentração de CO2 aumentou de 35% nos últimos 150 anos.

Porém, isso pode ter sido devido a variações internas ao sistema terra-oceano-atmosfera. Sabe-se que a solubilidade do CO2 nos oceanos depende de sua temperatura com uma relação inversa. Como a temperatura dos oceanos aumentou, devido à redução do albedo planetário e à atividade solar mais intensa entre 1925-1946, a absorção (emissão) de CO2 pelos oceanos pode ter sido reduzida e mais CO2 ter ficado armazenado na atmosfera.

Portanto, não se pode afirmar que foi o aumento de CO2 que causou o aumento de temperatura. Pode ter sido exatamente ao contrário, ou seja, que o CO2 tenha aumentado em resposta ao aumento de temperatura dos oceanos e do ar adjacente.

Dados paleoclimáticos, como os obtidos com cilindros de gelo da Estação de Vostok, indicaram que as temperaturas do ar estiveram mais elevadas que as atuais nos períodos interglaciais anteriores e que as concentrações desse gás não ultrapassaram 300 ppmv, sugerindo que o aquecimento do clima não dependa da concentração de CO2. Em adição, há outros testemunhos indiretos, como os anéis de crescimento de árvores, em que a densidade da madeira varia inversamente ao total pluviométrico em regiões tropicais.

Considerando que o aumento populacional é inevitável num futuro próximo, o bom senso sugere a adoção de políticas e práticas de conservação ambiental bem elaboradas, destituídas de dogmatismo, e mudanças nos hábitos de consumo para que a Humanidade possa sobreviver, isto é, para que as gerações futuras possam dispor dos recursos naturais que se dispõem atualmente.

Portanto, a conservação ambiental é necessária e independente de mudanças climáticas, quer seja aquecimento ou resfriamento global.

MOLION, Luiz Carlos Baldicero. Considerações sobre o aquecimento global antropogênico. Disponível em: http://www.acquacon.com.br/drenagem/palestras/luizcarlosmolion_artigo.pdf. Acesso em: 30 Jan. 2012.

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