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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Curiosidades do livro "O Conceito Zero" - Parte 2

1 A AMAZÔNIA EM CIFRAS

A Amazônia virgem.

Os produtos industrializados por laboratórios e a quantidade e qualidade dos minérios da Amazônia são estimados em 10 trilhões de dólares, várias vezes a dívida externa brasileira. Porém, a ciência descobriu o que já era óbvio, a floresta íntegra vale muito mais que a extração dos seus recursos. Alguns pesquisadores da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, descobriram que os benefícios ao planeta criados pela floresta correspondem a 1,1 trilhões de dólares anuais. Vale ressaltar que não se trata da lenda do “pulmão do mundo”, pois leigos insistem em usar essa referência. Os verdadeiros pulmões corresponderiam às algas azuis, pois a produção de O2 é muito mais eficiente, onde as mesmas não o consomem durante a noite, como é o caso da floresta.


2 O CONCEITO ZERO


O marco zero é o início da República da Amazônia. Os romanos não tinham o zero, pois para eles os números deveriam expressar somente as coisas existentes. Mas possuíam o “nihil”, que significa nada.


3 FERROVIA MADEIRA MAMORÉ

Foto histórica da construção da ferrovia.

Com a compra do Acre, que pertencia à Bolívia, por meio do tratado de Petrópolis, o Brasil precisava integrar as regiões com maior produção de borracha com o mercado internacional. Para a construção da Madeira-Mamoré entre 1907 e 1912, foram contratados 30.000 trabalhadores de diversas partes do mundo, e aproximadamente 6.000 morreram de acidentes, de malária, de mordidas de cobra e outras enfermidades. Quando a ferrovia ficou pronta, a borracha asiática tinha tomado conta do mercado, colocando em declínio a produção brasileira. Em 1972, com a inauguração da rodovia Cuiabá-Porto Velho, a maior parte do patrimônio histórico foi vendida para ferro velho e os arquivos foram incinerados. Ficou conhecida como a estrada férrea onde cada dormente instalado correspondia a uma pessoa morta.


4 A LENDA DAS AMAZONAS

A amazona grega.

A lenda das amazonas pode ter nascido da batalha de Termodonte na Grécia, quando os gregos enfrentaram um exército de mulheres. Para melhor manejar o arco, a flecha e as lanças, elas cortariam ou queimariam na puberdade o seio direito. A palavra amazonas vem do grego, no qual o prefixo de negação “a” vem seguido de “mazós” que significa peito. Daí “a-mazós”, ou mulheres sem peito. O rio Amazonas tem esse nome porque a expedição de Francisco Orellana teria sido atacada por mulheres munidas de arcos, flechas e lanças. O Frei Gaspar de Carbajal, que fazia parte da comitiva, as comparou às lendárias amazonas da mitologia grega, ressaltando apenas que possuíam os dois seios e que eram muito bonitas.

As amazonas segundo o Frei Gaspar de Carbajal.


Fonte: BARROS, A.J. O Conceito Zero: Uma Trama Internacional para a Independência da Amazônia/A.J. Barros. 3. ed. rev. São Paulo: Geração Editorial, 2008. Adaptado por José Carlos de Araújo (2011).

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