A questão mais revoltante, e exaustivamente discutida nas conferências mundiais, é a restrição às vias de desenvolvimento aos países subdesenvolvidos em detrimento ao meio ambiente. Se os países desenvolvidos chegaram ao nível de industrialização satisfatório ao padrão capitalista, é coerente considerar o ônus ambiental desse processo.
O mais lógico seria se estas nações encabeçassem a lista dos responsáveis pelas mudanças ambientais e deixassem essa postura hipócrita de lado. Mas como isso é utópico, quando a economia das nações está em jogo, todos querem defender o crescimento anual de seus países, respeitando o meio ambiente exclusivamente no que tange a legislação específica de cada estado soberano.
O mercado de crédito de carbono foi criado como solução a esse impasse, mas desde o fim da década de 90 até os dias atuais, a medida ainda não tomou as proporções ambicionadas pelas metas do programa. Enquanto os grandes não assumirem os seus papéis no cenário ambiental, essa polêmica sobre quem deve ceder vai perdurar por muitas conferências mundiais.
José Carlos de Araújo
Engenheiro Ambiental
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